Quem sou eu

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Piracicaba, SP, Brazil
Sou casada, tenho um filho, amo viver, adoro trabalhos manuais, música, filmes, antiguidades etc.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Agendas com capa de tecido

 






Este ano também teve remessa de agendas. Estas foram encomendadas. Eu, pessoalmente, também não vivo sem uma.
Sei que pelo celular podemos programar nosso dia a dia com ainda mais recursos, mas a velha e boa agenda de papel ainda me completa. Não que eu dispense a ajuda tecnológica mas, é tão fácil ter tudo anotadinho...
Com uma folheada descubro quando combinei tal coisa e quem combinou comigo. Uma página adiante e sei que conta pagar e seu valor exato, no mês passado e agora (e se bobear, até no ano anterior!).
Essas agendas gordinhas e macias, forradas do melhor tecido de algodão e com todo carinho, me dão a sensação gostosa de coisa bem resolvida e bem planejada.
Por isso, para mim é um prazer saber que outras pessoas também a apreciam e fazem dela um presente de Natal.





terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Magia

    
Flores colhidas pela rua num vaso querido presenteado pela minha mãe


     Meus olhos foram se esgarçando com o uso.
     Com o tempo, vieram nuvens suaves que, ao se instalarem, viraram cinzentos obstáculos.
   Se antes, o brilho da juventude refletia dos meus olhos para fora intensa luz, agora um fraco farolete me conduz.
     E, tento tateando, ver o que eu via, ouvir o que me encantava, sentir o que eu sentia...
     Mas, pobre condutora de mim mesma, sigo às cegas por um caminho tão óbvio quanto inesperado: envelheço.
     E, se as sensações já não são as  mesmas, que dizer dos meus olhos? Onde está toda a magia que a vida me prometia?
     Viro ansiosa e tenho claro: a magia me desperta toda manhã com o cheiro do café que meu amor prepara.
     Ouço claramente a magia no girar das chaves quando meu filho, meu amado filho, chega são e salvo nas madrugadas.
     Percebo algo realmente mágico acontecendo quando as flores do jardim se abrem e pássaros de toda sorte vêem passear entre elas.
     Há um encantamento misterioso no som das patinhas da Mafalda correndo para me encontrar. A cada lambida sinto: algo mágico me toca e aquece.
     Sob os lençóis, quando a noite escorre lá fora, toco enlevada com  meus pés os pés queridos que dormem ao meu lado.
     Percebo então que, agora enxergo melhor que nunca.
     

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Sino dos ventos de canequinhas



]

Prá começo de conversa, as fotos não lhe fazem justiça.
Sem querer parecer arrogante (tenho horror a esse atributo triste), este sino dos ventos ficou bem mais gracioso pessoalmente.
A ideia começou a tomar forma pelo fato que eu queria porque queria ter várias canequinhas de ágata. 
Só que, para tomar o café, sinceramente, não me são confortáveis. Talvez pela mão grande, as pequenas asas não me encaixam bem nos dedos e para lhe segurar pelo "corpinho" não dá: o café lhe aquece demais.
O que fazer então com esses belezuras? Um sino dos ventos! Ao levá-las na sacola da loja para casa, seu tilintar era tão agradável que me veio a inspiração.
A princípio, um bule vermelho seria o suporte superior. Porém, depois de pesquisas de preços, vi que a brincadeira não sairia tão barata e me daria dó furar o bulinho.
Um vasinho esmaltado de vermelho resolveu a questão.
E acumuladora que é acumuladora sempre tem material de artesanato guardado para "emergências", usei contas de vidro coloridas para dar mais charme e alegria. Impossível notar nas fotos mas, a cada conta de vidro uma miçanga vermelha lhe faz companhia, em cima e em baixo.
Foi uma ideia deliciosa de por em prática!


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Os lençóis das minhas avós

     
Arranjos que fiz recolhendo plantas ou matos na rua



     Uma das coisas que mais me faz lembrar meus tempos de criança são alguns cheiros.
     Quando eu dormia na casa de qualquer uma das minhas avós, lembro perfeitamente do cheiro da roupa de cama. Não era um cheiro de sabão, muito menos de amaciante ou perfume. Era um cheiro indecifrável e muito agradável.
     Cheiro de roupa limpa guardada nos armários das avós. Cheiro de roupa de cama que embalava e descansava nosso corpo cansado das brincadeiras. Cheiro da vó por perto.
     Minha avó Isabel era viúva, então quando “pousava” lá, dividíamos a cama dela de casal. E adormecíamos de mãos dadas.
     Os colchões da casa dela eram de capim seco, o que provocava barulhinhos a cada virada na cama. Mas isso não abalava em nada meu sono; tenho até saudades desses estalos. Saudades também de ouvi-la rezando o terço diário: ela murmurando as orações, que nem eram feitas em voz alta nem em sussurros. Eram mesmo uma espécie de mantra murmurado.
    Já minha outra avó, a Ermelinda (adoro esse nome!), tinha meu vô Mário. Então, quando algum dos netos dormia por lá, ocupávamos o quarto que tinha sido do meu tio Sérgio, um cara barbudo que mudou para São Paulo nos deixando meio “órfãos” de tio.  Mas, cada visita sua nos trazia um pouco da cidade grande, um pouco das novidades que vinham em suas roupas, seus sapatos, seu jeito de falar e de ver a vida.
    Embora não fosse a cama da vó, os lençóis tinham o mesmo cheiro gostoso, aquele perfume das coisas verdadeiras, dos afetos genuínos, do bem querer e do bem-estar.
     E era gostoso acordar de manhã e estar num lugar diferente da nossa casa, do nosso quarto.

     Estávamos num lugar seguro, cheio de amor e que nos assegurava um sentimento grande de família. Coisa não tão fácil de achar, naqueles tempos...



Obs.: Andei meio afastada do blog por conta de uma paixão recente: o Instagram.
À todas as boas amigas que por aqui passarem, convido a "frequentar"  meu insta: @dandolinhas. Será muito gostoso também poder frequentá-las. E, se por acaso alguma ainda não tem, recomendo viva e entusiasticamente. É a nossa cara!

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Outra bolsa Molinha: a saga continua



O interior: fiz babadinhos nos bolsos, que estão dos dois lados

A foto tá meio desfocada mas mostra a parte de baixo em couro fake


Nesta bolsa Molinha, que de molinha de verdade virou nome, misturei tipos três tipos de tecidos. Além do tecido que chamo de couro fake (que neste caso ficou na base) usei um belo algodão com estampa em cashmere e um veludo castanho muito macio.
Dessa forma, a bolsa Molinha ganhou um pouco mais de estrutura sem perder, contudo, sua "malemolência".
Esse algodão fazia parte do meu estoque há alguns anos. Dizem que nós que costuramos, adoramos acumular tecidos. Mas, calma aí minha gente: tecido sai de linha!  Em nossa defesa tenho que dizer que algumas estampas lindas podem estar disponíveis apenas por curtos períodos de tempo. 
Então, da próxima vez que cruzar com uma dessas simpáticas compradoras de tecidos, estimule-a a levar os lindos tecidos que ela escolher. Isso é investimento!
(Gente, será que meu marido tá lendo isso???? hehehehe)
O fato é que essa bolsa nasceu assim, criada com um tecido lindo guardado com carinho para algo especial. E momentos especiais sempre chegam, né? Melhor prevenir e ter belos tecidinhos guardados...

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Bolsa de couro fake e cheia de estilo











Esta bolsa tem vários elementos que julgo importantes: seu couro fake, além de não pesar na consciência, também não pesa nos ombros. Ela é macia e leve.
Suas duas opções de alças garantem que seja uma companheira à altura das mulheres mais ocupadas e ágeis na correria do dia-a-dia.
A alça transversal pode ser desconectada da bolsa pois está ligada por mosquetões.
Na parte externa (não parece que tô falando do jardim??)  costurei um pequeno bolso prá deixar as chaves bem à mão.
Por não ser de modelo nem de tecido rebuscados, combina perfeitamente bem com vários estilos de roupas.
E, além de tudo isso, tem esse ar meio "sou-ainda-rebelde-e-não-conformada-com-injustiças-mas-tenho estilo,tá?"
Por esses motivos, acredito que possa ser uma boa companheira de qualquer uma de nós.



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Bolsa molinha













Esta bolsa fiz para uma menina linda de doer.
Ela adora esses modelos molenguinhos e leves. Já é a terceira que lhe costuro. Desta vez, usei este tecido Afonso Franco maravilhoso (ou será que só eu que achei??) 
Comprei na Feira de Patchwork de Limeira deste ano.
Vi o tecido e lembrei dela, da bolsa, do gosto que é poder atendê-la numa coisa tão simples.
Compondo com a estampa florida usei um chevron colorido. Achei que deu jovialidade e alegria.
No fundo externo da bolsa, couro fake.
Como ainda havia um pedacinho do tecido, costurei essa necessarie combinando. De quebra, um pingente de bule prá fazer graça.
Dessa forma, encaminhei a bolsa para ela, com sérias recomendações que seja uma companheira a altura da bela dona da bolsa.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Moldura renovada

O depois



O antes


O antes e depois juntos


Já falei aqui que meu gosto por antiguidades e velharias deve ter uma explicação psicológica. Como ainda não fui atrás de tratamento, continuo na minha escalada pela recuperação e adoção de coisas que julgo interessantes.

Meses atrás, avistei essa moldura na calçada, ao lado do entulho da reforma de uma casa. Após breve avaliação, verifiquei que a danada estava inteirinha e em ótima forma. Até a cor me agradava.

Recolhi sem nada em mente, apenas pensando em preservar o bem físico da moldura, certa que no momento exato ela seria útil.

E a hora chegou! Tínhamos no meu trabalho um enorme quadro de avisos com algumas fotos de pessoas que trabalharam ou ainda trabalham lá. Prá mim, isso é um tipo de homenagem, já que alguns já faleceram. É como se estivéssemos dispostos a não esquecê-los nem aos momentos que compartilhamos. Outros funcionários se aposentaram e outros, como eu, ainda trabalham no mesmo setor. No meu caso, estou nessa gráfica há 25 anos.

No enorme quadro de avisos as fotos ficavam todas separadas,  entre textos e um fundo já sujo.

Resolvi pintar a moldura adotada de preto fosco porque achei que tinha tudo a ver usar um tecido estampado de jornal como fundo (sim, nós editamos um jornal).

Para alegrar esse branco e preto, usei um elástico laranja fazendo um cruzado. E no cruzamento dos elásticos, finquei uma tachinha prateada dando mais firmeza. Pronto! Estava finalizado um quadro só de fotos nossas!  Minha homenagem pessoal a todos que por aqui passaram estava feita.

Agora, preciso urgentemente revelar fotos novas, porque se temos um pessoal mais antigo, também temos funcionários novos que infelizmente chegaram nesta época onde raramente revelamos fotos...
E também merecem um canto do quadro, claro.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Avental e touca para cozinheiro

O conjunto da obra

(aqui a touca está com a amarração virada para frente
só para mostrá-la melhor)

Agora sim,  mostra a amarração como deve ser usada

A novidade: tenho etiqueta própria!!!


Este conjunto de avental e touca de cozinheiro fiz para meu irmão Daniel.
Ele é muito fã de caveiras e adora cozinhar. Tem mesmo um talento nato para panelas e colheres.
Exercita com criatividade e paciência a arte de nos rechear os estômagos!
Aos domingos, prepara lentamente sua refeição, bebericando uma gelada cervejinha, sempre acompanhado de sua namorada, a Cidinha.
Sua casa é acolhedora e muito agradável, como toda casa onde o coração pulsa na cozinha.
Por ocasião do seu aniversário quis presenteá-lo com o que eu adoro fazer: um costura. Desse modo, creio ter agradado nós dois.

(Ah, repararam que agora tenho minha própria etiqueta?? Tô feliz da vida...)

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Tecidos africanos









Os bons ventos de agosto trouxeram uma feira internacional de artesanato, que percorre algumas cidades do país, aqui para minha cidade.
Tem muita coisa linda mas meu interesse vai mesmo, todas as vezes, para os tecidos africanos.
São lindos, coloridos, encorpados, e os vendedores de uma simpatia contagiante.
Aqui, eles foram expostos no jardim da Escola Moraes Barros, esse prédio rosa e lindo.
Nesta escola, cursei a segunda série. Ela ocupa toda a quadra e é cercado pro jardins. 
No meu tempo (sim, eu virei esse tipo de pessoa que diz "no meu tempo"), havia uma sorveteria numa das esquinas em frente à entrada da escola. E, o melhor de tudo, havia uma jukebox!!!
Para quem ia para a escola de carona com tia Lála, no banco traseiro de uma DKV, ter uma jukebox ali, bem ao alcance das mãos, era muuuito bacana.
Agora, a escola me serve de cenário para os paninhos africanos, que esperam o momento certo de evoluir para uma bolsa, ou qualquer outra coisa que possa ser costurada.
E a sorveteria da jukebox, que fim deu? Virou um bar triste, de caras tristes e bêbadas. A jukebox deixou apenas sua marca no chão...



segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Colcha de bandanas do Lucas


frente

verso

de novo, mais de perto, frente


de novo, o verso, mais de perto e mais amassado, hehehe

Meu único filho faz hoje 21 anos e esta colcha foi feita para ele.
É um trabalho simples e bem colorido, como eu gosto. De preocupações basta a vida e o trabalho; na costura eu quero é ser feliz.
Então, meus projetos levam muito em conta o grau de satisfação a que vou me expor.
Até topo desafios, de mim para mim, porque como não faço cursos nem costuro acompanhada, vou aprendendo coisas sozinha ou através desta mestra maravilhosa que é a internet, cheia de pessoas bacanas dispostas a ensinar pessoas cheias de boa vontade, como é o meu caso.
Adoro tecidos com essas estampas de bandanas e fui juntando cores conforme as ia encontrando.
Emendando as tiras até obter o tamanho desejado, cheguei ao topo da colcha. Mais simples, impossível.
Acrescentei-lhe bordas pretas de minúsculas bolinhas brancas, como o verso, que ainda leva uma faixa de estrelas coloridas, uma graça que permite alguma surpresa para quem olhe do outro lado sem esperar nada além do tecido preto (também possibilita chamar-lhe de colcha dupla-face).
No final, achei que a colcha ficou bem simpática e alegre, e a ela passei a incumbência de aquecer meu garoto, meu eterno e amado garoto...



quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Banquinho e ourelas








    Este banquinho foi comprado numa casa de móveis de segunda mão principalmente por causa de suas perninhas.
    Achei tão anos 70 (ou seriam 60?) que me enchi de amores por ele. Mas, como podem ver aqui (vale a pena ver de novo!), ele precisou de uma boa pintura e novo estofamento.
    Na época, achei o resultado muito bom. E continuava bem satisfeita com ele até que, Dona Mafalda, minha bulldog, resolveu dar um toque canino e roeu os quatro cantos do banquinho.
    Pensei em retirar os pézinhos e mandar fazer a parte do acento nova. Aí, tive a ideia de estofar também as laterais roídas. 
    Emendei um bom tanto das ourelas que fui juntando ao longo do tempo e pronto: estava feito um novo estofamento para meu querido banquinho anos 60/70 ou sei lá que ano.
    E que Malfaldinha tenha juízo e se mantenha longe dele!

OBS.: Gente! Tem um sorteio muito legal no Guache Atelier, blog da talentosa Regina. Vamos participar!!!

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Obrigada pela visita! Volte sempre!

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