Não faço segredo, muito pelo contrário, propago aos quatro ventos o quanto gosto do mundo da costura e afins.
E penso que tudo começou ao acompanhar minhas avós a lojas de tecidos. Fui fisgada pelo nariz! É, pelo nariz, pelo olfato. Adoro o cheiro do tecido novo, recém desembrulhado. E quando a vendedora ainda dá aquela virada, puxando para que mais tecido se desenrole e faz aquele barulho em cima do balcão, dá até emoção!
Com uma das avós ia atrás de pequenos cortes de tecido para que ela costurasse roupinhas para o Fábio, um boneco do tamanho de um bebê de verdade que eu tinha.
Com a outra avó, ia procurando algum tecido para um vestido ou uma blusa que ela me faria.
Mas, para costurar para as netas, esta avó impunha condições: "- Não faço acabamentos! Eu ensino e vocês se viram".
E lembro de pregar botões, fazer casas à mão, alinhavar barras.
Desse modo fui inserida no gosto pelas coisas de costura.
Garimpando no "Passado Perfeito", em São Pedro, (já falei dele aqui), achei esta caixinha de acessórios para fazer casas de botões. Esse equipamento era acoplado à máquina de costura só na hora de fazer as casinhas.
O manual, em inglês, data de 1960. Mas o que eu gostei mesmo foi da caixinha em si, com forma e cor tão características dessa década.