Quem sou eu

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Piracicaba, SP, Brazil
Sou casada, tenho um filho, amo viver, adoro trabalhos manuais, música, filmes, antiguidades etc.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O calor faz sua primeira vítima...



... a minha costura!!!!
Não aguento tanto calor!
Para vocês verem como meu sofrimento é sério, nem para costurar tenho tido ânimo.
Quero mesmo é sombra e água fresca!
Parece que quanto menos esforço eu fizer, menos eu suarei.
Dessa forma e descontando todas as obrigações diárias, vou ficando quietinha embaixo do ventilador...
Mas que estou com saudades do barulho animado da minha máquina de costura, estou!

sábado, 27 de outubro de 2012

Síndrome das mãos inquietas



O que é que dá na gente quando não temos projeto algum? Tristeza, depressão, vida completamente sem graça, sem foco.
E o que é que dá em algumas pessoas que não podem ficar nunca sem fazer nada? Formigas na cadeira, inquietação... a perpétua sensação de que existe algo que tem que ser feito.
Eu sou desse tipo.
Se descanso, penso no que poderia ter feito. Se faço, penso que poderia ter descansado. Vivo em conflito com o "fazer", como se fosse quase uma obrigação ter sempre que estar na lida.
De um tempo prá cá, decidi dar importância para o não fazer nada. Quando possível, dedico um tempo do dia prá ficar de bobeira, que afinal de contas é um tempo bem investido.
Se a gente fica só na correira do dia-a-dia, mal dá tempo de pensar em certas coisas. E considero pensar tão importante! É uma coisa que dispensa companhia, dar prá ser como um jogo com a gente mesma, e às vezes nos leva a conclusões surpreendentes que teriam passado desapercebidas sem maiores reflexões.
Talvez o meu encanto com a costura seja um reflexo do meu gosto pelo pensar. Como geralmente é um prazer solitário, proporciona altas conversas internas.
Estudo a costura e vou dizendo prá mim mesma "faça aqui primeiro", "olha essa costura torta, menina", "tá ficando show, hein?", "você poderia caprichar mais, sei que você consegue".
E quando já está tudo caminhando bem na costura, sobra muito espaço para outros pensamentos. E vou refletindo sobre o que já me aconteceu, sobre as pessoas, sobre a vida em geral.
E levo a paixão de costureira também para o carro: dei prá fazer hexágonos, que pedem tão poucos materiais, enquanto espero meu filho sair da escola.
O velho estojo escolar abriga os tecidinhos (comprados já cortados em círculos, num brechó:  foi aí que descobri que dá certo transformar círculos em hexágonos), a tesourinha relíquia da pré-escola do filho, agulha, linha e só. A diversão está garantida, as mãos ocupadas e os pensamentos soltos por aí.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vó Lurdes






Quem de nós resistiria???

Tinha o sorriso fácil, como que escorregasse involuntariamente da boca.
Era vaidosa e mantinha os cabelos loiros armados e arrumados.
Gostava de colares, enfeites e tudo que lhe trouxesse beleza, para si mesma e para sua casa.
Guardava recordações como se nelas pudesse eternizar o momento, congelar no tempo e no espaço a alegria vivida.
Olhava o objeto e era como se pudesse estreitar nas mãos aquele dia, aquelas risadas, os parentes reunidos.
Sua casa acolhia sua história e da família.
Um dos meninos ainda tem ali um brinquedo, um vinil, um livro de aventuras.
E ela costurava cortinas. Era reconhecida pelo talento, pela destreza com que lidava com os grandes tecidos.
Uma coisa levando a outra, partiu para o artesanato, com mãos incansáveis. Crochê, pintura, bordado, costura.
E quando partiu, deixou saudades e toalhinhas, tristeza e bordados.
Em visita à casa silenciosa, seus tesouros me deram brilho nos olhos.
Os tecidos guardados, os alfinetes a postos, a máquina de costura quieta.
As toalhinhas encaixotadas pedem mesinhas e prateleiras: querem ser exibidas ao mundo!
E uma caixa de sapatos com a inscrição "Costura" me implorou prá ser aberta.
São peças de bordado inglês, galões, rendas.
E de uma forma torta a caixa me vem como preciosa lembrança de alguém que, como eu, encontrou vida no vai e vem das mãos.

(vó Lurdes era sogra da minha cunhada, portanto avó de duas das minhas sobrinhas)

domingo, 21 de outubro de 2012

Bolsa de tecido e courino












Tô de bolsa nova!!!! Acabei hoje, precisamente.
O modelo é o mesmo das duas últimas só desta vez fiz algumas adaptações que deram um toque diferente.
Para começar, o tecido. Gente, eu amei esse tecido! É americano e chama "Viva Frida" (a Frida Khalo, sabe?).
Aí, como eu queria uma bolsa mais estruturada, resolvi juntar o tecido com courino e fiz o forro com um tecido mais incorpado, vermelho, que esqueci de fotografar.
Por fora, fiz bolsos que facilitam na hora de se achar as chaves.
E criei um tipo de patuá, um penduricalho que eu mesma fiz amarrando sianinhas bem estreitinhas, um pingente feito com linha vermelha e que leva um elefantinho que me acompanha há anos. E cismei que será um objeto de sorte, de boas vibrações e energias. Tudo isso junto com minha bolsa nova.
E o amanhã nós duas estaremos desfilando por aí...
Escolhi essa porta linda para cenário, que tem aldrava e tudo, e leva a um lindo sobrado antigo, bem no centro de Piracicaba.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Coisas absolutamente dispensáveis...



COISAS ABSOLUTAMENTE DISPENSÁVEIS MAS
 QUE EU QUERIA DIZER SOBRE MIM

Adoro o som da xícara pousando no píres

Durmo com uma almofada chamada "Pitoca"

Os meus preferidos são os doces de ovos

Só bebo uma vez por semana (geralmente aos sábados) mas aí eu capricho!

A m o  ficar em casa

Gosto muito de comprar utensílios de cozinha

Detesto passar roupa!

Sempre fui casadoira (oh, céus!)

Sempre, mas sempre mesmo, quis ter filho

Na adolescência, adorava frequentar a Biblioteca Municipal.
Além de estudar e ler livros,  lia "Pais e Filhos"

Fico encantada com casas antigas

Amo antiguidades e velharias

Costumo achar coisas interessantes em caçambas

Não tenho a mínima vergonha de pegar algo legal, seja nas caçambas ou nas calçadas

Coleciono máquinas de costura antigas, só que de brinquedo

Adoro chuva, dias cinzentos e frio

Adoro noites de verão

Ultimamente, dei prá rir alto

Lamento profundamente não ter mais a casa das minhas avós prá visitar

Minha comida favorita é macarronada

Minhas cores favoritas: vermelho e azul

Tenho muuuuitos pares de sapato mas gosto mesmo é de andar descalça...

Quando era pequena, dormia de mão dada com a minha vó Izabel

Se ganhasse R$ 1,00 a cada "ai" que falo, estaria rica

Ainda gosto de olhar a parte das meninas nas lojas de brinquedos (!)

Sou irritantemente otimista

Enganei um sobrinho, quando ele era pequeno, dizendo que eu havia sido detetive! E nós partíamos pela casa em busca de "pistas" de algum crime

Há muuuitos anos, jurei prá mim mesma que um dia ainda teria um Fiat 147, azul-bebê metálico (kkk)

Quando namorava, resolvi pixar uma declaração de amor. Como tinha dó das casas e muros,
escrevi "eu nunca imaginava te amar desse jeito" num tapume de prédio em construção (Guilherme Arantes)

Gosto de assistir até filme mudo

Não me sinto à vontade no Face

Tenho medo de ser chata.

Então e por isso, basta!!!! Eu sou só eu...


sábado, 13 de outubro de 2012

As janelas de Itu













Ontem, assistindo a um dos meus programas favoritos, "Casa Brasileira", no GNT, ouvi uma frase muito interessante do cineasta Walter Carvalho. Ele disse, em relação à enorme janela que tem seu apartamento, (que além de ser grande tem uma vista linda!): "Às vezes eu acho que as pessoas que vão à psicanalista estão em desacordo com as suas janelas" (!!!!).
Achei fantástica a frase porque dá linha (eu vivo dandolinhas, sacou o trocadilho tosco???) a uma série de interpretações.
E hoje, fomos passear em Itu, aqui no interior de São Paulo.
Pode ser que a frase ainda estivesse ecoando em minha mente, o fato é que as janelas daquela cidade me encantaram! A cidade ainda conserva muitas casas antigas para minha sincera alegria.
Os antiquários da cidade são outro atrativo irresistível para mim. Embora os preços sejam bastantes assustadores, a simples apreciação já me dá alento, a saber que tanta coisa foi preservada e ali está.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Meu bolo de chocolate



Para adoçar a vida, bolo de chocolate...
Minha receita (não que seja de minha autoria, mas é a que me acompanha há anos) é deliciosa!
Onde encontrei? Já nem lembro, mas resulta num bolo leve, sem ser doce demais, perfeito para se comer sozinho ou acompanhado de recheio e cobertura.
Fiz este no último fim de semana, recheado com doce de leite e coberto com merengue e chocolate derretido.
Derruba qualquer boa intenção de regime mas alegra o espírito!
Divido a receita com vocês, como sugestão desta fã confessa.
Aviso aos navegantes: o perfume que fica pela casa é um convite à total perdição!

Bolo de Chocolate

1 xícara de gordura vegetal hidrogenada (eu uso margarina)
02 xícaras de açúcar
4 gemas
01 xícara de leite morno
01 xícara de chocolate em pó (não desperdice o bolo: não use achocolatado!)
01 colher (sopa) de fermento em pó
03 xícaras de trigo
4 claras em neve


Bata a gordura ou a margarina com o açúcar e as gemas até ficar um creme claro e fofo.
Misture o leite morno com o chocolate e junte ao creme, alternando com o trigo (peneire o trigo!)
Acrescente as claras em neve, incorporando delicadamente, com carinho, à massa do bolo. Nada de movimentos bruscos: isso assusta qualquer bolo em formação! Junte o fermento.
Unte uma assadeira redonda de aproximadamente 28 cm de diâmetro e asse em forno pré-aquecido (isso é muito importante).
Quando estiver pronto, corra para o abraço...



domingo, 7 de outubro de 2012

Almofada Paz e Amor





Cento e cinquenta e seis quadradinhos coloridos se uniram para pedir: "mais paz e amor!!!"
Juntaram-se num protesto que pede menos violência, menos agressividade, mais gentileza...
Pedem  mais beijos, mais abraços públicos, mais namoro.
Exibem cartazes convocando mais passeios de mãos dadas, mais idas ao cinema, mais risadas geladas pela cerveja.
Solicitam que nós usemos flor no cabelo e tenhamos sempre amor no coração, seja lá pelo que for.
E agora, todo esse movimento meio hippie faz parada obrigatória no meu sofá...


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Um menino chamado Lucas



Hoje meu único filho faz 18 anos.
Para mim, é uma data diferente, muito especial.
Tenho um pouco a sensação de dever cumprido, embora saiba que a educação dele não termina aqui, nem meu suporte de mãe acabou, nada disso.
Acontece que agora ele já é um homem, quase um adulto mesmo. Repenso meu papel e relembro das tantas coisas que passamos juntos.
Quando ele nasceu, tive a nítida impressão que se abria em mim uma ferida que nunca cicatrizaria.
Porque dali por diante tudo que ele sofresse eu sofreria em dobro, todas as dores dele ecoariam em mim.
E decidi lhe fornecer lembranças.
Desde seu primeiro aniversário lhe escrevo cartas. Vou lhe contando coisas sobre ele, sobre os familiares e sobre nós, seus pais.
E fui lhe dizendo das brincadeiras favoritas, dos amigos, das músicas que ele gostava de ouvir naquele ano.
Dos álbuns de figurinhas, dos pequenos bonecos que ele guarda até hoje, dos passeios.
Fui lhe dizendo coisas do ponto de vista de mãe. Contando-lhe o efeito que a maternidade teve sobre mim.
Penso que aprendi muito mais do que ensinei.
Aprendi a analisar cocô de bebê, interpretar choros,  a serventia de tantos remédios comum à primeira infância. Aprendi a ter paciência e a olhar o outro como filho de alguém. Aliás, eu redescobri o outro! Foi impressionante!
Percebi que era chegada a hora de contar histórias antes dele dormir, eu que era apenas a ouvinte das histórias da minha vó Isabel!
Reaprendi a brincar, a assistir desenho, a ler gibis...
Aprendi a tratar joelho ralado, dor de garganta, briga de escola.
E conheci tanta banda boa, tanta música legal. Ele me apresentou aos "Mutantes", pode? Quando eles existiam, eu era muito pequena. Quandro cresci, nunca fui atrás de conhecê-los.
E agora, passados tantos anos, o  Lucas me vem com  músicas fantásticas deles!!! E me ensina de novo e sempre...
É incrível como ter filho rejuvenesce! Você revive tudo  num  outro tempo, vendo a vida por outro ângulo.
E amando como nunca achou possível amar...

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

É feito prá isso mas eu uso prá aquilo



Encontrei esta mini-pia numa livraria, à venda como porta-clips.
Como muita coisa (tá bom, quase tudo!) na minha cabeça pende para os lados da costura, achei útil para acolher meus alfinetes.
Além de tudo, as miniaturas me encantam de um tanto!!!!
Claro que deve ser resultado do meu fascínio pelo mundo infantil, onde tudo é, sempre, uma descoberta fascinante...

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Gentileza Gera Gentileza